Jóias da Guanabara
Blog criado para divulgar as belezas do Rio de Janeiro
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Esta fotografia mostra o Reservatório de Santa Tereza, parte da Usina Hidráulica Rio d'Ouro, fotografado por Marc Ferrez (1843-1923). O sistema transportava água do Morro do Tinqua para o Resevatório de Pedregulho, próximo à Ponta do Caju. O Imperador Pedro II inaugurou o sistema em 1880, mas o mesmo só entrou em operação em 1883.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
JARDIM BOTÂNICO
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Jardim Botânico localiza-se no bairro de mesmo nome, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, Brasil.História
Da criação à independência do Brasi
A sua origem remonta à transferência da corte portuguesa para o Brasil, entre 1808 e 1821. A corte fixou-se na cidade do Rio de Janeiro, desde 1763 sede do Estado do Brasil, e agora alçada à condição de sede do império português, propiciando-lhe diversas oportunidades e melhorias. Dentre essas destaca-se a implantação de uma fábrica de pólvora na sede do antigo "Engenho da Lagoa", de propriedade de Rodrigo de Freitas, cujas ruínas dos muros atualmente integram os limites do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
O período Imperial
Planta do Jardim Botânico por Karl Glasl (1863).
Esterografia do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (William Bell, 1882).
Com a proclamação da independência do Brasil (1822), no mesmo ano o Real Horto foi aberto à visitação pública como Real Jardim Botânico. Mais tarde, ainda nesse mesmo ano, passou a se chamar Imperial Jardim Botânico. Adquiriu a partir de então foros de botânico, uma vez que o seu diretor passou a ser o carmelita frei Leandro do Santíssimo Sacramento (1824-1829)[13], professor debotânica reconhecido pelos seus estudos da flora brasileira. Frei Leandro introduziu melhoramentos e organizou um catálogo das plantas ali cultivadas, tendo sido o orientador das aléias de mangueiras, jaqueiras, nogueiras e outras, assim como das cercas demurtas, crótons e hibisco. Em sua homenagem, uma das dependências do jardim tem o seu busto e o lago principal recebeu o seu nome.Da proclamação da República aos dias de hoje
Com a proclamação da República brasileira (1889), no ano seguinte (1890), passou a ser denominado como Jardim Botânico. A partir de então, recebeu vários visitantes ilustres como Albert Einstein, a rainha Elizabeth II do Reino Unido, entre outros,[19] transformando-se em cartão-postal da cidade. Entre os nomes de pesquisadores que lhe estão ligados destaca-se o de Manuel Pio Correia. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro encontra-se tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), desde1937. Em 1991, a UNESCO considerou-o como Reserva da Biosfera. Naquele momento, quando o jardim passava por dificuldades de manutenção e conservação, um grupo de empresas públicas e privadas formou-se para auxiliá-lo. Como resultado das parcerias, em1992 o orquidário e a estufa de violetas foram renovados, além de procedida uma limpeza no lago. Em 1995, foi construído o Jardim Sensorial, com plantas aromáticas e placas indicadoras em braille, permitindo a visitação por deficientes visuais. Posteriormente, uma nova estufa para as bromélias foi construída. No início do século XXI, o muro do jardim na rua Pacheco Leão foi demolido, dando lugar a uma grade, melhorando a sua integração paisagística com o bairro. Como reconhecimento pela sua importância científica, foi rebatizado como Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, em 1998, ficando afeto ao Ministério do Meio Ambiente. Em 2002, tornou-se uma autarquia federal.
Visitação
Centro de Visitantes
No Centro de Visitantes pode-se solicitar a visita acompanhada, bem como obter informações em diversos idiomas. O espaço também é utilizado como local de exposições de arte.Aléia Barbosa Rodrigues
O seu nome é uma homenagem ao naturalista brasileiro João Barbosa Rodrigues, diretor da instituição entre 1890 e 1909.[20] Aléia principal do jardim, constitui-se no seu cartão de visitas, ladeada por imponentes palmeiras-imperiais ("Roystonea oleracea (Jacq.) Cook"). A primeira muda de sua espécie a chegar no Brasil foi plantada pelo Príncipe-regente D. João, em 1809. Para que o jardim botânico tivesse o monopólio dessa espécie, o então diretor Bernardo José de Serpa Brandão (1829-1851) mandava tirar e queimar todos os seus frutos. Entretanto, à noite, os escravos subiam na árvore, colhiam os frutos e vendiam, na clandestinidade. Esse primeiro exemplar viria a ser derrubado por um raio em 1972. Ascendia então a 38,70 metros de altura. O tronco foi preservado e encontra-se em exposição no Museu Botânico. Em seu lugar, foi plantado outro exemplar, a "Palma Filia".[21] No local encontra-se hoje um busto de D. João VI, de autoria de Rodolfo Bernardelli. O conjunto monumental da aléia é integrado pelo portal oriundo da demolição do prédio da Academia Imperial de Belas Artes, em1938), sendo a porta de autoria do arquiteto francês Grandjean de Montigny.
Aléia Custódio Serrão
Assim nomeada em homenagem ao segundo administrador da instituição, frei Custódio Serrão (1859-1861), destaca-se pelos exemplares de abricó-de-macaco, espécie nativa da Amazônia, e pelos de sumaúma, uma das árvores de maior porte no mundo.Aléia Pedro Gordilho
Nomeada em homenagem a Pedro Gordilho Pais Leme, antecessor de Barbosa Rodrigues à frente da instituição, destaca-se pelas árvores de pau-brasil, símbolo nacional brasileiro, e pelas cascatas.Chafariz Central
Jardim Botânico do Rio de Janeiro: chafariz central.
Em ponto central no encontro das aléias, constitui-se numa das mais belas atrações do jardim. Fabricado na Inglaterra, é constituído por duas bacias. Na maior delas, quatro figuras representam a música, a poesia, a ciência e a arte.Solar da Imperatriz
Edificação associada ao primeiro engenho de açúcar na então capitania do Rio de Janeiro, o "Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa", estabelecido em 1575. Este Solar e mais cinquenta e oito chácaras integravam o vasto latifúndio onde se localizam os bairros que, atualmente, circundam a Lagoa Rodrigo de Freitas. No pavimento térreo do solar havia uma senzala, onde eram mantidos os escravos da propriedade. Outra tradição local refere que os escravos aí mantidos se revezavam em gritos e uivos, como forma de resistência, para que os seus senhores não dormissem à noite.[carece de fontes]Casa dos Pilões
Jardim Botânico do Rio de Janeiro: "Casa dos Pilões".
Constitui-se em núcleo arqueológico representativo da atividade da antiga fábrica de pólvora.Aqueduto da Levada
Construído em 1853 com o objetivo de ordenar o curso das águas pluviais do vale da Margarida, onde havia cultura de "Carludovica palmata" (com cuja fibra se fabricavam chapéus do Chile), para o jardim botânico.Caminho da Mata Atlântica
O chamado "Caminho da Mata Atlântica", antigo "Caminho do Boi", é um caminho aberto num fragmento preservado da mata Atlântica. Com aproximadamente 600 metros de extensão, inicia-se na catarata e termina, atualmente, no "Aqueduto da Levada", aberto em 2005 à visitação pública.Memorial Mestre Valentim
Criado em 1997, o memorial homenageia o artista brasileiro Valentim da Fonseca e Silva, autor das primeiras obras em metal fundidas no Brasil, abrigando peças provenientes da demolição da antiga fonte das Marrecas, no Passeio Público (1905).Lago Frei Leandro
Jardim Botânico do Rio de Janeiro: lago Frei Leandro.
O seu nome é uma homenagem a frei Leandro do Santíssimo Sacramento, da Ordem do Carmo, primeiro diretor do Jardim Botânico, de 1824 a 1829.Cômoro
Jardim Botânico do Rio de Janeiro: mesa de granito no cômoro.
O cômoro, elevação adjacente ao lago, foi erguido com a terra retirada para a construção do mesmo. Ambos foram projetados por frei Leandro, que tinha o hábito de se sentar à sombra da jaqueira (até hoje no local), dirigindo os trabalhos dos escravos. Ali fez colocar uma grande mesa de granito, onde, primeiro D. Pedro I e, mais tarde, D. Pedro II, faziam os seus lanches. Fez colocar ainda um relógio de sol. O cômoro é encimado por um caramanchão, a chamada "Casa de Cedros".Orquidário
Estufa construída no final do século XIX, foi reformada na década de 1930, e restaurada em 1998.Bromeliário
Maior bromeliário do Rio de Janeiro, reúne cerca de mil e setecentos exemplares das Américas do Sul e Central, muitas delas encontradas na Amazônia, na Mata Atlântica, em restingas e caatingas.Insetívoras
Esta estufa concentra uma comunidade de plantas genéricamente denominadas como insetívoras, que atrai a atenção dos visitantes em geral, e particularmente do público infantil.Jardim Sensorial
Concebido de maneira a que as suas plantas possam ser tocadas pelos visitantes, destina-se particularmente à apreciação pelos deficientes visuais.Região Amazônica
Jardim Botânico do Rio de Janeiro: lago amazônico.
Este trecho do Jardim evoca a densa vegetação da Amazônia, cenário completo com uma cabana de sapê e a estátua de um cabocloda região. Aqui se encontram exemplares de seringueiras, babaçus, andirobas, cacaueiros e pau-mulato, esta última espécie de interesse pela mudança de cor que apresenta a cada época do ano.Jardim Japonês
Criado em 1935, a partir de uma doação de sessenta e cinco espécies de plantas típicas do Japão, feita pela Missão Econômica Japonesa, que à época visitou o Brasil. Reinaugurado em 1995, apresenta ao visitante um típico recanto nipônico, com um jardim de pedras, e exemplares de bonsais, bambus, cerejeiras, buquês de noiva e salgueiros-chorões. Nos dois lagos, habitados por carpas, destacam-se flores de lótus.Arboreto
O Arboreto é composto por cerca de 9 mil espécimes vegetais que representam ecossistemas brasileiros e de outros países. Ao todo, é um fragmento de 57 hectares de Mata Atlântica remanescente, 197 canteiros de coleções de plantas, quatro lagos com vitórias-régias, cerca de 1.500 espécies cultivadas nas estufas do Orquidário, Bromeliário, Insetívoras e Cactário, além de seis jardins temáticos: roseiral, medicinal, sensorial, bíblico, japonês e beija-flores.Alguns números sobre o Jardim Botânico
330 mil plantas desidratadas
Carpoteca com 5.800 frutos secos
Xiloteca com 8.000 amostras de madeira
Orquidário
Biblioteca com cerca de 66 mil volumes e 3 mil obras raras
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